Madri - O caso dos falsos passaportes corre o risco de fazer perigar a validade da Liga espanhola de futebol de Primeira e Segunda Divisão, já que inúmeros dirigentes reclamam punições para clubes que utilizaram "falsos jogadores comunitários" em suas equipes.
Na Primeira Divisão, são o Racing de Santander e o Numancia, que caíram para a Segunda, os times que pediram à federação que "se congele" a classificação, enquanto que o Osasuna anunciou que está avaliando uma opção legal em caso de rebaixamento.
Os clubes acham que foram prejudicados pelo Espanyol, Oviedo, Rayo Vallecano e Las Palmas, que usaram falsos jogadores comunitários nesta temporada.
Alegando terem enfrentado uma competição desleal, as equipes descontentes querem que esses clubes sejam punidos com a perda de pontos ou que não haja rebaixamentos esta temporada.
A situação não é melhor na Segunda Divisão, na qual três clubes, o Betis (segundo), Tenerife (terceiro) e Atlético de Madrid (quarto) disputam a classificação, depois do Sevilha - que já assegurou sua ida para a primeira divisão - pelos segundo e terceiro lugares.
O presidente do Sevilha, Manuel Ruiz de Lopera, anunciou que se seu clube não for para a primeira divisão "no campo", vai conseguir isso "no palácio de Justiça", já que o Tenerife escalou durante parte da temporada o brasileiro Barata como se ele fosse italiano.
A Federação Espanhol, que espera uma decisão judicial sobre o tema, deverá reunir-se esta sexta-feira para estudar o assunto.