São Paulo – O técnico Luiz Felipe Scolari já mostrou seu estilo logo na primeira entrevista concedida logo após ser anunciado como treinador da Seleção Brasileira. Ao ser questionado se jogadores com comportamento polêmico como o atacante Romário estariam dentro do perfil desejado e se o atacante do Vasco estaria na sua lista de convocados, ele
deu a entender que vai ‘engolir’ o Baixinho, mas apontou o tenista Gustavo Kuerten, o Guga como modelo a ser seguido.
“Vou conviver com as características dos atletas, não tem outra alternativa. Mas tem de ser dentro daquilo que o Guga passou para a gente. Ele mentaliza, treina, define estratégias com o técnico. O Guga dá um exemplo de carisma. Ele demonstra amor. E é isso que nós precisamos mostrar para os nossos torcedores. Precisamos mostrar que gostamos dos torcedores. Os jogadores vão ter de ter perfil de vencedores. O mais importante não é a genialidade, resolver sozinho o jogo”, afirmou.
Dentro do gramado, o exemplo que Felipão buscou foi o do veterano volante César Sampaio. O César Sampaio é um exemplo de como unir o profissionalismo com o amor. É uma pena que ele esteja lesionado. Sei que não é fácil nesses tempos de mercantilismo, mas é possível jogar também por amor, como o Guga, e é isso que eu quero.”
TERNO NO ARMÁRIO
Os novos ares na Seleção foram anunciados com uma mudança no guarda-roupa. Ao contrário dos antecessores,
Felipão aposentou o terno e recolocou na moda o agasalho.
POLÍTICO
Escolhido depois de uma pesquisa de opinião pública, Felipão disse que isso aumenta sua responsabilidade e que sua ida para Minas o
ensinou a ser mais político, o que foi definitivo para aceitar agora ir para Seleção depois de recusar o primeiro convite.
ADEUS BAILARINOS
Rótulos como o futebol bailarino de Leão foram banidos na Era Felipão. O treinador retomou a filosofia de futebol de resultados. Para ele, o importante não é jogar bonito, mas se classificar para a Copa de 2002.
POSTE
Felipão não quis adiantar nomes que estarão na lista que irá apresentar nesta quarta-feira, às 11h, para o jogo contra o Uruguai. No entanto, deu pistas sobre suas preferências. Ele quer um centro-avante no estilo tradicional dentro da área. Isso dá a pista de que Jardel, um dos favoritos, do treinador, tem boas chances. Romário, Marcos e Euller são outros cotados na Era Felipão.
AS FERAS DO FELIPÃO
O novo comandante da Seleção afirmou que pretende definir um grupo de aproximadamente 30 jogadores e não fazer muitas mudanças até a Copa de 2002.