São Paulo - Os jogadores do Palmeiras não querem saber de pênaltis, esta noite no Parque Antártica, contra o Boca Juniors, pelas semifinais da Copa Libertadores.
Na competição deste ano, a equipe só passou de fase depois das cobranças de penalidades. Foi assim nas oitavas contra o São Caetano e nas quartas diante do Cruzeiro.
Desde a final da Libertadores de 99, o Palmeiras só eliminou seu adversário uma vez sem precisar da decisão por penalidades máximas, contra o Atlas, nas quartas-de-final do ano passado.
Só uma vez também o clube saiu derrotado, na decisão do ano passado, justamente contra o adversário desta quarta-feira. Nem o fato de já estar acostumado à decisões é tido como uma vantagem para os palmeirenses.
"Nós nunca estamos preparados para uma decisão por pênaltis. Com a qualidade e a repetição, a probabilidade de ganharmos é maior, mas nossa intenção é decidir o jogo nos 90 minutos", diz o técnico Celso Roth, ressaltando, porém, a qualidade da equipe do Boca Juniors.
O santo palmeirense das decisões por pênaltis, o goleiro Marcos, também quer evitar que o confronto seja definido nos pênaltis. E ele tem um bom motivo para pensar assim. "Como já decidimos duas vezes nos pênaltis nesta Libertadores, os jogadores do Boca estudam a forma como a nós cobramos", diz Marcos.
O goleiro sabe bem do que está falando. No ano passado, o Verdão também tinha decidido a vaga duas vezes por pênaltis antes da final contra o Boca Juniors. Já o adversário não tinha decidido nenhum confronto dessa forma. E Marcos não tinha a referência de Córdoba com relação aos batedores do adversário. "Três dos cinco batedores ainda estão lá. O problema é que na única vez que eu vi os caras cobrando pênalti foi contra o Palmeiras, na final do ano passado", diz Marcos.