Rio - A briga entre o goleiro Clemer e o atacante Edílson ocorrida na última quinta-feira não foi motivada pela inocente brincadeira com copos de água mineral dentro do ônibus rubro-negro. A confusão é apenas mais um capítulo da guerra que prejudicou o time ao longo de todo o primeiro semestre e quase impediu a conquista do quarto tricampeonato da história do Flamengo: a batalha de egos existente entre Petkovic e o próprio Edílson, as principais estrelas do elenco.
O Capetinha teve dez dias de folga a mais que a grande parte dos jogadores do Flamengo. Mas ele deixou claro a alguns amigos que não entendia o fato de ter de se reapresentar antes de Petkovic, que chega na de manhã deste domingo da Iugoslávia. Isso sem falar no zagueiro paraguaio Gamarra, que se recupera da lesão sofrida na coxa, antes da decisão do Estadual contra o Vasco, no Rio de Janeiro.
Por isso, o atacante rubro-negro se apresentou disposto a deixar Cachoeiras de Macacu o mais rapidamente possível. Ele chegou pela manhã no hotel onde o Flamengo está hospedado, se apresentou a Zagallo e treinou com os demais companheiros. Mas seus amigos, que o levaram de carro até o local permaneceram na cidade. No fim da noite, ocorreu a confusão com Clemer, o estopim para que deixasse a cidade com destino ao Rio. "Todo mundo sabia que o Edílson não queria ficar aqui com a gente. Ele apenas precisava de um motivo para sair e utilizou a confusão comigo como um pretexto", afirmou o goleiro Clemer.