São Paulo - Nada como um dia após o outro. Sedento por dar um título à torcida, Marcelo Teixeira queria de qualquer jeito montar um time vencedor ao final do Paulistão de 2000. Tanto assim que nem bem o Peixe perdeu a final do Estadual e o presidente alvinegro já prometia. "Vamos partir para novas contratações. Fizemos um grande investimento e vamos reforçar mais o time", afirmou o presidente santista.
Apesar de contar com os goleiros Fábio Costa e Carlos Germano, o Santos trouxe Pitarelli. O meia Renato também veio do Guarani. Mas o grande reforço foi o atacante Edmundo, a quem o Peixe pagava salários de R$ 400 mil mensais. Hoje, a diretoria reluta em trazer Marquinhos, da Lusa, que pediu R$ 50 mil.
Agora o discurso mudou. As falas do cartola santista agora são muito diferentes daquelas proferidas antes do início da Copa João Havelange. "Não dá para fazer investimentos. Falar isso hoje é irreal", diz o mesmo presidente que há 12 meses prometia ir às compras.
Tanto assim, que o Santos flertou com Zé Maria, Evanílson, Viola e Emerson no ano passado. Em junho de 2001, a bola da vez para ser contratado é Orestes, desconhecido zagueiro da Portuguesa santista. "A crise não é só no Santos. É geral", explica Teixeira, justificando por que não há dinheiro para trazer novos jogadores. Por isso, o Santos aposta tudo nas trocas para reforçar o elenco que disputará o Brasileirão.