Rio - O Tribunal do Trabalho de Porto Alegre dediciu adiar para 5 de julho o veredito do caso entre o atacante Ronaldinho Gaúcho e seu ex-clube, Grêmio, que se opõe à transferência do jogador para o Paris Saint-Germain. O advogado do clube gaúcho, Jorge Petersen, declarou que "o novo adiamento foi solicitado pelo profissional que defende Ronaldinho, e aceito na quarta-feira passada pela juíza Antônia Mara Viera Loguercio".
"O advogado de Ronaldinho, Sérgio Neves, quer mais tempo para encontrar uma testemunha que não foi localizada e por isso a juíza aceitou mudar a data", precisou Petersen.
"A situação está igual e o Grêmio está aberto a qualquer negociação financeira", disse o porta-voz do clube.
O Grêmio pede uma indenização de US$ 38 milhões, fixada pela Federação de Futebol do Rio Grande do Sul. Por outro lado, Ronaldinho, de 21 anos, cujo contrato se encerrou no dia 15 de fevereiro, considera que sua transferência para o PSG é possível graças à Lei Pelé, que entrou em vigor no dia 26 de março e que, teoricamente, o transforma em um jogador livre depois de cinco anos de contrato.
O jogador e seu antigo clube não conseguiram um acordo durante uma reunião de conciliação, em um tribunal do estado, no dia 20 de abril. Em 13 de fevereiro, ele ficou impedido de assinar qualquer tipo de contrato com outro clube.
Um novo veredicto deveria ter sido estabelecido em 19 de maio, mas a juíza Loguercio transferiu a decisão para meados de junho, a pedido do advogado de Ronaldinho, que queria estudar o regulamento interno da Federação de Futebol do Rio Grande do Sul.
Para o Grêmio, a sentença de 5 de julho deve confirmar a de 13 de fevereiro, mas qualquer que seja a decisão ambas as partes poderão apelar.