Rio - A torcida do Botafogo espera que as nuvens negras que cercam o clube nos últimos tempos desapareçam. Mas sem contratações de peso e enfrentando uma grave crise financeira, a esperança pela volta de tempos vitoriosos está nas mãos do novo técnico Paulo Autuori – que comandou a equipe na conquista do título mais importante da história do clube: o Brasileiro de 95.
Autuori e parte da nova comissão técnica só chegam em julho, após o fim do Torneio Apertura, mas seu auxiliar, Renê Weber, assume nesta quarta-feira os treinamentos e já começa a implantar a nova filosofia de trabalho.
"Vamos dar início ao planejamento. Já temos uma meta até o Brasileiro. No início, terá uma ênfase na parte física, mas já vamos trabalhar com bola, comandar treinos táticos e fazer alguns coletivos".
A comissão técnica será praticamente toda trocada. Gilvan Santos será o novo preparador físico, que terá Valteir Franco como auxiliar. Renato Alvarenga será o fisiologista. Mas as mudanças não param por aí. Dos 33 jogadores do atual elenco, apenas 25 vão continuar para o Brasileiro.
"Vamos definir quem fica ao longo dos treinamentos", afirma Renê, que garante conhecer a maioria dos jogadores alvinegros. "Acompanhei o Campeonato Estadual. Mas nunca trabalhei com a maioria e preciso analisar o dia-a-dia".
Cinco jogadores não estão nos planos de Autuori: Igor, China, Baltazar, Nilson e Cléber. Eles receberam quinze dias de folga ontem da diretoria e devem ser negociados nos próximos dias.
Renê já apresentou uma lista de reforços para o vice de futebol Antônio Rodrigues, mas prefere não revelar os nomes para não atrapalhar nas negociações. "Não adianto nomes. Na lista, há jogadores bem conceituados. Sugerimos nomes de acordo com o objetivo de trabalho. O Botafogo vai ver o que é viável".
Renê admitiu que a maior carência do atual elenco é o meio-campo. "Contratar jogadores para esse setor é nossa prioridade".