São Paulo - A negociação do atacante Renatinho, um dos xodós dos torcedores do São Paulo, com o São Caetano mostra a verdadeira intenção do técnico Nelsinho Baptista: trabalhar com uma equipe formada por jogadores experientes.
Com essa nova política, os "Novos Menudos" do Tricolor começam a perder espaço dentro do clube, ao contrário do que aconteceu no primeiro semestre com Vadão.
Com a chegada do meia Leonardo, jogadores como Júlio Baptista, Kaká e Harison, tidos como as grandes revelações do Tricolor, deverão ficar apenas no banco de reservas. O zagueiro Jean, que foi titular no primeiro semestre, já perdeu a camisa para o experiente Wilson. O outro zagueiro, Júlio Santos, ficará como a quarta opção para a zaga.
O único sobrevivente desse grupo, mas ainda lutando por uma vaga de titular, é o volante Fábio Simplício. "Temos que entender que essa é a nova cara do São Paulo. Não adianta jogar só com molecada e não chegar a lugar nenhum. O exemplo aconteceu no Paulistão, faltou um pouco de experiência para a equipe", afirma Simplício, que na terça-feira treinou na equipe titular ao lado de Douglas, Alexandre e Carlos Miguel. Um time formado com três volantes e apenas um meia de armação.
Para o técnico Nelsinho Baptista, os jovens talentos não estão completamente descartados, mas terão que esperar um pouquinho. "Todos no grupo do São Paulo têm condições de jogar. O clima do grupo é o melhor possível", ameniza o treinador, que liberou o atacante Renatinho depois de muita conversa com o jogador.
"O Nelsinho foi muito honesto comigo. Disse que teria poucas chances de jogar e que seria melhor para minha carreira uma negociação de seis meses", afirma Renatinho, que já treinou no São Caetano.