Rio - Aos 22 anos, Juan vive o maior desafio de sua carreira: com a provável venda de Gamarra para o AEK, da Grécia, o jovem zagueiro assume o papel de líder absoluto da jovem defesa do Flamengo. Revelado em 97, Juan já viveu a triste experiência de ter de voltar ao time de juniores, em 98, e, dois anos mais tarde, o privilégio de conviver com estrelas do porte de Edílson, Alex, Denílson e Petkovic, além do próprio Gamarra. Isso sem contar a sua convocação para o jogo contra o Peru, pelas Eliminatórias, neste primeiro semestre. Com todo este currículo, ele se diz pronto para sua mais nova missão.
”Estou muito tranqüilo quanto a isso. Esta posição eu conquistei naturalmente, ao ganhar a confiança dos meus companheiros e também do treinador’, comentou o zagueiro.
Dentre a jovem defesa rubro-negra - Júlio César e Cássio têm 21 anos e Alessandro, 22 - Juan já tem postura de gente grande. Durante os jogos, grita, corrige erros dos companheiros e dá conselhos a Fernando, parceiro de zaga desde juvenil. Mesmo assim, ele acredita que, a cada tropeço, sempre lembrarão o capitão Gamarra. Para ele, o Flamengo sentirá muito a falta do paraguaio, que transmitia, acima de tudo, tranqüilidade e confiança ao restante do grupo.
“Realmente, se ele sair mesmo, será uma grande perda, não só para a defesa, como para todo o time. Mas acho que o Flamengo tem condições de se sair bem nas próximas competições sem ele”, disse o zagueiro, lembrando que Gamarra, machucado, não jogou a final do Campeonato Estadual.
Para o jogo de quarta-feira, contra o Bahia, Juan espera que o time esqueça a provável transferência de Gamarra e concentre-se apenas na luta pela classificação para a segunda fase da Copa dos Campeões. “Não adianta ficar pensando nisso agora, pois só irá atrapalhar. Temos que nos concentrar, pois este título será importante para nós”.