Rio - Em reunião realizada nesta quinta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Rio de Janeiro, ficou decidido que dificilmente o Vasco deixará de cassar o mandado de segurança, concedido em favor do meia Juninho Pernambucano, garantindo o direito de exercer a sua profissão. Na ocasião, estiveram presentes sete juízes, que anunciaram o seu parecer favorável ao clube de São Januário.
Mesmo com a iminência de cassar a liminar de seu ex-jogador, o Vasco ainda não tem motivos para comemorar. O mérito só será julgado na próxima semana, já que na reunião desta quinta seria necessário um efetivo de, pelo menos, oito juízes, quorum mínimo para julgar o caso. Mesmo assim, o risco de a situação de Juninho piorar é grande.
Mas, apesar da quase certeza de perder o caso momentaneamente, a advogada do jogador, Gislaine Nunes, demonstra otimismo quanto ao futuro de seu cliente. Ela recebeu a informação de que o vice jurídico do Vasco, Paulo Reis, concedera uma entrevista a uma rádio no Rio de Janeiro, logo após o anúncio da Seção de Dissídios Individuais do TRT, onde o caso foi analisado. Segundo Gislaine, a batalha jurídica ainda terá mais embates nos próximos dias.
“Quando assumi este caso sabia o que iria encontrar. O Vasco tem uma força muito grande, especialmente no Rio de Janeiro, mas não quer dizer que sairá vitorioso. Tenho total confiança de que o Juninho continuará exercendo a sua profissão naturalmente”, disse Gislaine.
Apesar da confiança de sua advogada, o jogador tem mostrado preocupação com o seu futuro. Ele ligou durante quase toda esta quinta-feira para saber do andamento do processo, e uma de suas incertezas é saber se defenderá a Seleção Brasileira na Copa América.
- Realmente ele me ligou algumas vezes, mas fiz questão de tranqüilizá-lo. Ele não terá problema nenhum em jogar pela Seleção Brasileira, como pelo Lyon. Podem ter certeza - avisa a advogada.