Bogotá - Os paramilitares das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC, extrema-direita) pediram na quinta-feira aos países participantes da Copa América que o torneio se realize tal e como estava programado, segundo um comunicado enviado à AFP. A realização do evento na Colômbia foi suspensa pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF).
No texto enviado à AFP, as AUC responsabilizaram a subversão colombiana, a quem responsabilizaram pelo cancelamento momentâneo da Copa. No comunicado, os paramilitares apelam às guerrilhas colombianas "para que assumam a mesma atitude que nós tivemos, como um verdadeiro gesto de paz".
"Nós, do Estado-Maior das AUC, em nome e em representação da contra-insurgência colombiana em âmbito nacional, apelamos à sensatez e solidariedade dos países participantes da Copa América, para que os colombianos não sejam privados da transcendental festa desportiva internacional que pode ser realizada na Colômbia", diz o comunicado.
"Nosso respeito e apoio à Copa é incondicional", afirmam as Autodefesas na mensagem, assinada por Carlos Castaño e Ernesto Báez, da Direção Política e de Santander Lozada, membro do estado-maior do grupo armado. No sábado, as autoridades da Confederação sul-americana de Futebol (CSF) vão decidir definitivamente em Buenos Aires onde a Copa América será realizada.