Rio - A reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo, que votaria o balanço de 2000, começou na segunda-feira à noite e se estendeu pela madrugada.
Desde o início, quando o relator do Conselho Fiscal, Francisco Vidal, leu o parecer contrário à aprovação das contas, ficou claro que o clima seria quente. Em desacordo, dois conselheiros, William Pereira dos Santos e David Capran, deram voto em separado. Para eles, as contas não deveriam ser rejeitadas e sim ajustadas à luz do relatório.
A expectativa cresceu quando foi lido o parecer da comissão de finanças do Conselho deliberativo sobre a transação de Petkovic. O documento sofreu reformas, em razão do que foi apresentado pelo vice de futebol na época da negociação, Cacau Medeiros: um contrato de agenciamento e uma carta do procurador do jogador no exterior, Jorge Carreteiro, mandando que se depositasse US$ 1,5 milhão do contrato de imagem do jogador na empresa Picoline. "Está ocorrendo distorção dos fatos. Parece inquisição. Ninguém tomará o poder no peito", desabafou Edmundo, ao pedir a palavra.
Quando o presidente deixou claro que o balanço a ser votado ainda sofrerá auditoria, o clima esquentou. Depois de muita discussão – onde o presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Cardoso Filho, e o conselheiro e ex-presidente Márcio Braga se desentenderam – ficou decidido que a votação seguiria.