Belo Horizonte - A Seleção embarca segunda-feira (com saídas do Rio às 15h45, e de São Paulo, às 17h45) com destino a Cali, na Colômbia, onde participará da Copa América. O Brasil está no Grupo B, do qual fazem parte, México, Paraguai e Peru. Na quinta, o time estréia contra os mexicanos, às 21h45. No dia 15, às 18h, enfrenta o Peru. A seleção termina a participação na primeira fase contra o Paraguai, no dia 18.
O técnico Luiz Felipe Scolari tem tentado acalmar os jogadores da Seleção Brasileira para a disputa da Copa América na Colômbia, assolada pela violência.
Para o treinador, os atletas não deveriam ficar assustados. “Quando mostramos medo para algumas pessoas, elas crescem. Não temos que ficar com medo. É preciso ter cuidado, mas não pode mostrar medo", afirmou.
A tentativa de Scolari, no entanto, tem sido em vão. Alguns convocados estão realmente assustados. “Eu me preocupo em jogar na Colômbia. Vi algumas cenas na televisão que me deixaram preocupado. Mas, se foram dadas garantias, vamos lá jogar. Só que, se acontecer alguma coisa com a gente, quero ver quem vai se responsabilizar", disse o lateral-direito Belletti, do São Paulo.
O goleiro Marcos, do Palmeiras, até foi bem-humorado ao falar da competição na Colômbia, mas deixou claro seu temor: “Para o Muñoz (atacante colombiano que atua no Palmeiras) falar que a situação está feia e que o país dele está muito ruim, é porque está mesmo. Quando a gente joga no exterior, como ele, quer mais é falar bem do nosso país. Então, se ele diz isso, é porque o negócio está feio", afirmou. “Mas vou dar o máximo, jogar até a morte", brincou.
o Corinthians, o atacante Ewerthon foi menos explícito: “A gente vai lá para jogar sabendo que o país está em guerra civil. Até jornalista foi assassinado".