Rio - O clima de guerra civil que tomou conta da Colômbia está fazendo com que a segurança seja a grande vedete da Copa América, que será disputada entre os dias 11 e 29 de julho em território colombiano, dividido entre as tropas do governo e a Força Armada Revolucionária da Colômbia (Farc), principal guerrilha de oposição do país.
Para evitar surpresas desagradáveis aos participantes, o chefe de segurança da competição, general Aldemar Bedoya, anunciou que serão cerca de 20 mil policiais e três mil funcionários administrativos trabalhando no torneio. Isso dá um percentual de 100 policiais para cada jogador.
Além disso, os organizadores contrataram os serviços de uma firma norte-americana, ligada ao Governo dos Estados Unidos, para ajudar na segurança do torneio. Várias situações de risco serão simuladas nesta terça-feira, véspera da abertura da competição. Os trajetos em que as seleções vão passar para se deslocarem no país serão fechados para evitar que os ônibus das seleções fiquem presos em engarrafamentos, sendo expostos a atentados.
Apesar de todas essas medidas tomadas pelos organizadores da competição, as seleções participantes não parecem se sentir muito seguras com a estadia em território colombiano. O presidente da Associação Uruguaia de Futebol, Eugenio Figueredo, solicitou que um representante do governo colombiano esteja hospedado no mesmo hotel da delegação uruguaia. Já os chilenos querem segurança 24 horas por dia para participarem da competição. Os peruanos exigem um seguro de vida para entrarem em campo.
Mesmo tendo apoiado a competição na Colômbia, a CBF pediu proteção do Governo Federal, que destacou agentes da Polícia Federal para atuarem junto à delegação brasileira. Determinação do ministro da Justiça, José Gregori.