Berlim - O gerente comercial do Bayern de Munique, Uli Hoeness, disse que não tem medo de possíveis sanções da Fifa por impedir o atacante Élber de participar da Copa América pela seleção brasileira.
``Veremos o que vai acontecer'', disse Hoeness na terça-feira. ``Não tenho medo de punição. Se o assunto for adiante, vamos levá-lo aos tribunais, se for necessário.''
Além do brasileiro Élber, o peruano Cláudio Pizarro também não obteve autorização do clube para participar da Copa América.
O Bayern está preocupado com a segurança da dupla na Colômbia, sede da competição. O clube também alega que o Brasil não cumpriu a obrigação de avisá-lo com 14 dias de antecedência da apresentação de Élber. O jogador voltou à Alemanha a contragosto.
``Qual é a vantagem para o jogador se ele for lá e levar um tiro na cabeça? Desse jeito também não vai poder jogar a Copa do Mundo'', disse Hoeness. Élber havia dito que temia que sua não-participação na Copa América o impedisse de jogar o mundial pelo Brasil.
O técnico do Bayern, Ottmar Hitzfeld, também se disse preocupado com a segurança dos dois. ``Como empregadores, somos obrigados a ser cautelosos.''
``Tenho orgulho de jogar pelo Brasil. É importante para mim'', disse Élber. O jogador afirmou, porém, que a decisão será do clube. ``Mas vai acabar chegando um ponto em que o clube vai decidir se eu posso ou não viajar ao Brasil nas minhas férias'', disse.
O Bayer Leverkusen também não havia liberado Lucio para a seleção. O gerente comercial do clube, Reiner Calmund, disse que ele não seria liberado por causa da preocupação com a segurança e porque o Brasil não avisou a equipe com 14 dias de antecedência.