Rio - A qualidade singular de Petkovic ao cobrar falta no ângulo de Helton na conquista do tricampeonato Estadual contra o Vasco soou como sorte de campeão. Mas a competência do craque rubro-negro voltou a encher os olhos dos amantes do futebol na conquista da Copa dos Campeões com outro – e idêntico – golaço de falta. Ao desembarcar na quinta-feira pela manhã, no Rio, Petkovic agarrou-se ao troféu de campeão, correu para os braços da família e tratou de igualar a importância dos dois gols.
”O gol no Estadual foi mais emocionante por ter acontecido no final. Mas o gol de quarta-feira deu tranqüilidade”, afirmou o meia, exaltando a competência e deixando pingo de ironia no ar com os vascaínos. “Foi da mesma posição, com a mesma batida, no mesmo ângulo e a mesma felicidade. O Vasco pode ficar tranqüilo porque não foi sorte”.
Petkovic, no entanto, descartou o rótulo de herói e disse que as comparações com Zico são inevitáveis. “Todos nós somos herói. Já fizemos festa em Maceió e temos que continuar. Não sei se mereço o rótulo de ídolo. Só acredito que fui escolhido para dar alegrias à torcida. As comparações com o Zico acontecem e podem continuar”, disse.
O herói rubro-negro lamentou a derrota na final para o São Paulo por 3 a 2 e admitiu que o Flamengo não sabe jogar recuado, com o regulamento debaixo dos braços. “Só fiquei um pouco triste porque não vencemos. Cometemos muitos erros porque não sabemos jogar com a vantagem. Mas mesmo assim jogamos melhor e eles, com dois mesmo, ganharam. O que é importa é a taça”, discursou Petkovic, que era aguardado pela esposa Violeta e as duas filhas, Ana e Inês, no aeroporto Tom Jobim.