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Candidata à musa do tênis pode parar por falta de patrocínio
Segunda-feira, 16 Julho de 2001, 11h35

As fotos da nova musa do tênis brasileiro

Alexandre Tahia/Terra

Por Luiz Augusto Neto

São Paulo – Se você é vidrado não só em tênis, mas também nos “dotes” de Anna Kournikova, Elena Dementieva e Vanessa Menga, entre outras, saiba que o tênis brasileiro já esteve – e ainda está – bem próximo de perder não só uma promissora tenista, como também uma séria candidata à musa.

A paranaense de Cascavel Bruna Colosio, de 20 anos, só se mantém viva no esporte graças ao circuito universitário dos Estados Unidos, para onde “migrou” no início de 1999 devido à falta de patrocínio no Brasil. Dona de um sorriso cativante e longos cabelos escuros, Bruna tem bolsa na Louisianna State, uma universidade no estado americano de mesmo nome. “Ir para os Estados Unidos foi a melhor coisa que já fiz. Lá, tenho a estrutura que nunca tive por aqui”, explica a tenista, que tenta fugir do rótulo de musa.

“Eu entendo que essas coisas acontecem porque o patrocinador quer vender a imagem da marca, mas eu não penso nessa possibilidade. Quero mais é jogar tênis”, garante Bruna, aproveitando para traçar um paralelo com a amiga Vanessa Menga, que chegou a posar nua para a “Playboy”.

“A Vanessa sempre gostou tanto de tênis quanto de ser modelo. Então foi uma escolha dela, era algo que ela também desejava que acontecesse”.

Longe de tudo

Distante da mídia brasileira, Bruna chamou a atenção no início deste ano, quando partiu do qualifying e chegou às semifinais de um torneio profissional disputado em São Paulo. “As pessoas vieram espantadas perguntar de onde eu vim”, confirma Colosio, sem esconder uma certa decepção pela falta de reconhecimento. “Eu tive um bom destaque como juvenil, cheguei a ficar em quinto lugar no ranking mundial e disputei torneios importantes. Cheguei às quartas-de-final de Wimbledon em 97”, diz Bruna, que joga desde os 12 anos.

E foi justamente em 1997 que a paranaense quase deixou as quadras. “Perdi meu patrocínio e parei por quase quatro meses. Com muito esforço, disputei torneios como profissional até resolver ir para os Estados Unidos”, diz, relembrando bons resultados em duplas obtidos ao lado de Carla Tiene.

Nos Estados Unidos, Colosio faz parte da equipe da universidade. Individualmente, a principal conquista foi a de um torneio de simples no estado da Geórgia. “Foi duro, porque estava com o braço machucado, mas o título me deu um bom reconhecimento no meio universitário de lá”.

O retorno

Bruna tem mais dois anos de curso na Louisianna, mas garante que volta correndo caso pinte um bom patrocínio para retornar ao circuito profissional da WTA. “Se tiver um patrocínio legal eu volto e me profissionalizo. É o que estou buscando no Brasil”.

Caso a ajuda financeira não pinte, Bruna continua nos Estados Unidos, torcendo para não ser obrigada a seguir os passos da gaúcha Miriam d´Agostini, então número 1 do País, que aposentou recentemente a raquete por falta de apoio.



Redação Terra


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