Rio - Desde que foi improvisado na lateral direita, Alessandro ascendeu subitamente, colaborou na campanha do tri estadual e da Copa dos Campeões, e hoje sonha até em chegar à Seleção.
De meio-campo esforçado a titular absoluto, seu caso lembra a façanha de Charles Guerreiro, campeão brasileiro de 92 e convocado pelo técnico Carlos Alberto Parreira no mesmo ano. “Naquele ano ele arrebentou mesmo”, lembra Alessandro, sonhando em seguir os passos do ex-rubro-negro. “Não posso dizer que não penso em Seleção. Tenho de pensar alto sempre”.
Autocrítico, Alessandro aponta em que teria de melhorar para atingir seu objetivo. “Falho muito na marcação. Mas não é por falta de fôlego, é por erro de posicionamento mesmo. Ainda não consegui me adaptar neste sentido”, comenta.
Tudo começou no Fla-Flu da Copa João Havelange. Zagallo, que não pôde contar com Maurinho e Bruno Carvalho, optou por lançar Alessandro naquela posição. O jogador será eternamente grato ao treinador pela idéia. “Graças a Deus aprendi que na vida somos obrigados a fazer certos sacrifícios para obter sucesso. Encarei o desafio e hoje nem penso mais em voltar para o meio”.
Ele conta que, por ser um prata-da-casa, teve facilidade em superar as adversidades. “Só tinha jogado naquela posição na época de juvenil, com Toninho Barroso e sabia que teria dificuldades. Se fosse improvisado num outro grupo, haveria uma pressão. Pensaria: "chegou minha hora, não posso errar". Mas o ambiente do Flamengo é o melhor possível, me sinto muito à vontade aqui dentro.