Fukuoka, Japão - Eric Moussambani, que nadou os 100 metros estilo livre com o pior tempo da história olímpica no ano passado, disse na sexta-feira que o mundo vai conhecer um atleta muito melhor durante o Campeonato Mundial na semana que vem.
Ele já diminuiu seu recorde pessoal em 15 segundos desde sua famosa aparição na piscina de Sydney em setembro, e pretende fazer os 50 metros em menos de 30 segundos pela primeira vez.
Moussambani, apelidado de ``Eric a Enguia'' depois de levar um minuto e 52,72 segundos para completar a competição dos 100 metros em Sydney, está inscrito para os 50 metros em Fukuoka por causa de uma contusão no ombro que o impede de nadar uma distância mais longa.
``Eu estive na Espanha com um treinador'', disse Moussambani, que é da pequena Guiné Equatorial, na parte oeste da África. ``Eu aprendi uma nova técnica e quero nadar (os 50 m) em menos de 30 segundos pela primeira vez.''
Moussambani, que assinou um contrato de patrocínio com a Speedo, disse ter se esforçado para mudar seu estilo desde as Olimpíadas. ``Não acho que o novo maiô vai ajudar, é mais uma questão de técnica. Agora eu nado com os braços estendidos'', disse ele. ``Eu quero que as pessoas vejam como eu melhorei.''
Moussambani disse ter recebido conselhos de nadadores como Ian Thorpe, Michael Klim e Pieter van den Hoogenband desde seu súbito estrelato em Sydney. ``Eles me disseram que tenho que treinar muito para melhorar. Klim disse para nunca desistir. Essas palavras foram muito importantes para minha carreira'', disse Moussambani.
Ele, que costumava treinar em rios e em uma piscina de 20 metros de um hotel na Guiné Equatorial, disse que quer ultrapassar a barreira dos 60 segundos para os 100 metros, nas Olimpíadas de Atenas de 2004.
Seu melhor tempo é um minuto e 18 segundos -- mais de 30 segundos mais lento que o recorde mundial de van den Hoogenband. Nos 50 metros, Moussambani cortou 15 segundos de seu antigo recorde, que era de 45 segundos. O recorde mundial do russo Alexander Popov é de 21,64.
Entretanto, nada parece acabar com a confiança de Moussambani. “Meu objetivo é que ninguém em meu país volte a dizer que eu não deveria ser um atleta olímpico'', disse ele.