Rio Branco - O procurador federal Marcus Vinícius Aguiar Macedo pediu à Superintendência da Polícia Federal no Acre que abra inquérito policial para apurar o envolvimento do presidente da Federal Acreana de Futebol (FAF), Antônio Aquino Lopes, o Toniquim, no suposto esquema de corrupção, envolvendo o episódio da compra de votos que favoreceram a reeleição do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
De acordo com o pedido da Procuradoria da República, Toniquim pode ser responsabilizado por prática de sonegação fiscal, apropriação indébita e prevaricação. A CPI da Câmara, que investigou os contratos entre a CBF a Nike, solicitou ao Ministério Público o indiciamento de 21 presidentes de federações estaduais, inclusive o próprio Toniquim.
Dentre os desvios, ele reconhece ter recebido repasse de R$ 418 mil para construir um campo de futebol no Bairro da Floresta, em Rio Branco, obra que não foi realizada porque o dinheiro seria insuficiente.
Assume que recebeu da CBF, em 98, uma doação de R$ 25 mil e outra de R$ 32,5 mil que foram aplicados em sua campanha para deputado federal. Isso o levou a ser intimado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre para prestar esclarecimentos sobre a doação do dinheiro, mas ele alega que sua prestação de contas foi aprovada sem problemas.
"Reconheço que houve erros em minha declaração do imposto de renda, mas que serão corrigidas, até porque provarei que não houve fraude", garante ele.