Rio - A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) justificou nesta quarta-feira a decisão de interromper o GP da Alemanha após a largada. A entidade considerou que não havia condições de dar prosseguimento à corrida enquanto os destroços do choque entre o brasileiro Luciano Burti e o alemão Michael Schumacher não fossem completamente retirados do circuito.
”Não tínhamos como realizar a operação sem o auxílio de máquinas”, afirmou um porta-voz da FIA. “Numa pista rápida como a de Hockenheim, o risco de acidentes seria muito grande se não limpássemos a área de modo apropriado. Seria uma irresponsabilidade”.
Após o GP, a atitude da Federação chegou a ser questionada por alguns pilotos. O mais exaltado foi o escocês David Coulthard, da McLaren. Segundo eles, a interrupção da corrida teria beneficiado Schumacher, que pôde voltar para o grid com o carro reserva. Para o diretor-geral da Ferrari, Jean Todt, não havia outra opção. “Normalmente a direção de prova prefere colocar o safety car na pista, mas o circuito estava bloqueado pelos destroços. Seria até mais perigoso”.