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Técnica errada esburacou o Mineirão
Quarta-feira, 08 Agosto de 2001, 01h43

Belo Horizonte - “É como dar morfina para uma pessoa que você sabe que irá morrer". É assim que o engenheiro civil Lúcio Flávio Baioneta Júnior vê as medidas que estão sendo tomadas para sanar o estado do gramado do Mineirão. O engenheiro vai mais além e acusa a Ademg - Administração dos Estádios de Minas Gerais - e a empresa HS Jardinagem, responsável pela recuperação do gramado em junho, de estarem encobertando os verdadeiros motivos que transformaram o gramado do estádio num “pasto", impraticável para o futebol.

De acordo com Baioneta Júnior, da empresa TerraCottem do Brasil, o estado do gramado, após a realização do Campeonato Mineiro, era razoável, dando condições de jogo para o Campeonato Brasileiro. “O gramado estava com alguns problemas de raiz, que estavam empobrecidas, mas suportaria até o final do ano", garante. O engenheiro condena o uso do aerosolo (máquina que perfura o solo, com auxílio de um trator) pela HS Jardinagem, dizendo que o processo para arejar o solo é indicado para pastos e não para gramados de futebol.

“Eles esburacaram o Mineirão e desnivelaram o gramado. Tanto é que depois tiveram que passar um rolo para compactar novamente o solo. Para tampar os buracos, colocaram um monte de areia", explica o engenheiro, comparando os procedimentos com fotos tiradas em 11 de junho, data da intervenção no gramado. O processo mais adequado, recomendado pela empresa de conservação anterior, a Greenleaf, era a utilização do TerraCotten, tecnologia representada no Brasil pela empresa de Baioneta Júnior.

TerraCotten são polímeros hidroabsorventes, parecidos com areia, que melhoram a capacidade do solo de reter água. Para usar esta tecnologia, teriam que retirar o gramado, adicionar o produto e forrar com novo gramado. O custo total ficaria em torno de R$ 30 mil. O gramado teria condições de jogo após 105 dias - 60 dias para a realização das obras e mais 45 dias para o descanso. “O gramado teria uma vida útil de dez anos", afirma. De acordo com Baioneta Júnior, os estádios do Liverpool, na Inglaterra, e do Anderlecht, na Bélgica, utilizam o TerraCotten.

Segundo o engenheiro, a única solução para o estado atual do Mineirão é fechar as portas. Os procedimentos que estão sendo utilizados, como uso de areia e produtos químicos, não adiantarão, na avaliação dele. Um outro tipo de aerosolo, voltado para gramados, chamado Vert-dream, teria sido indicado pela empresa Greenleaf para sanar o problema do Mineirão, juntamente com o TerraCotten. “Mas a Ademg preferiu não continuar o contrato conosco", explica Paulo Azeredo, da Greenleaf, que não teve seu contrato renovado em junho.

Sobre a realização do Pop Rock, evento musical que terá o Mineirão como palco, nos próximos dias 11 e 12, Baioneta Júnior considera, de forma sarcástica, que não interferirá na situação do gramado. “A utilização ou não de revestimento de madeira para a realização do Pop Rock não fará qualquer diferença. A grama já está morta", registra. “O que a HS fez comprometeu ainda mais o gramado", conclui Paulo Azeredo.

Ademg garante que procedimento era necessário

Flávio Anielo Mondesi, presidente da Ademg, discorda que o gramado do Mineirão teria condições de jogo para o Campeonato Brasileiro, se nenhuma providência fosse tomada para resolver o problema do empobrecimento da raiz. “Se deixássemos do jeito que estava, com a chegada das chuvas a partir de outubro, o gramado do Mineirão se transformaria num curral", defende Mondesi.

De acordo com Mondesi, a HS Jardinagem não cobrou nada pelo serviço. “Só pagamos um trator e um material inseticida. Mas eles nem chegaram a mexer dentro do Mineirão", observa. Os gastos para a recuperação do gramado totalizarão R$ 40 mil, sob a orientação do engenheiro argentino Daniel Tápias. O presidente da Ademg garante que a HS utilizou o Vert-dream para a aeração do solo e observa que o engenheiro da empresa, Haroldo Sampaio, desconhecia tamanha gravidade do estado do gramado. Em matéria publicada na última terça pelo “Hoje em Dia”, Sampaio defendeu o procedimento que está sendo feito no gramado do Mineirão, embora considerando que houve atraso na execução.

Segundo Flávio Anielo Mondesi, a HS Jardinagem seguiu as orientações passadas por Tápias, mas, conforme admitido pelo próprio presidente da Ademg, a empresa de Haroldo Sampaio fez o aerosolo no dia 11 de junho, quatro dias antes do engenheiro argentino ser chamado para resolver o problema. Mondesi acusa a Greenleaf de não ter resolvido a questão do gramado, não atendendo administrativamente os desejos da Ademg.

Hoje em Dia


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