São Paulo - A situação de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, ficou mais complicada do que já estava. A Rede Globo, que sempre teve bom relacionamento com o cartola, mudou de lado e partiu para o ataque.
No Globo Repórter desta sexta-feira, a emissora apresentou várias denúncias contra Teixeira, todas elas baseadas em documentos da CPI.
Desde distribuição de dinheiro nos paraísos fiscais até depósitos astronômicos em contas bancárias de funcionários, várias transações da CBF, avaliadas pelo seu presidente, colocam a entidade, e principalmente seu presidente, numa sinuca.
Foram apresentados documentos que comprovam o desvio de dinheiro para o exterior, principalmente após a assinatura do contrato com a Nike, em 97. Até o ano anterior, a CBF tinha lucro. Em 2000, quando a entidade teve sua maior arrecadação em toda a história (cerca de R$ 200 milhões), o quadro inverteu e ela passou a acumular prejuízo. Hoje, a CBF conta com uma divída de R$ 25 milhões. Mas, nesse período, o patrimônio de Teixeira só aumentou.
As denúncias não param por aí. Também foram apresentados comprovantes de depósitos em contas bancárias de candidatos políticos. Um deles Milton Teixeira, sobrinho de Ricardo Teixeira.
A emissora diz ter procurado o cartola para que ele pudesse dar suas explicações, mas Teixeira adotou o silêncio. Coincidentemente, nesta sexta-feira, o cartola foi hospitalizado por causa de problemas diabéticos.