Rio - A CPI do Senado, instalada para investigar supostas irregularidades no futebol brasileiro, cansou de tentar entrar em acordo com o presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), para definir o local do seu depoimento, marcado para o dia 11 de setembro. Caso as duas partes não cheguem a um acordo até esta data os senadores desistirão de ouvir Eurico. Mas em compensação vão fechar o cerco ao presidente do clube de São Januário, convocando a partir do dia 12 três ex-dirigentes vascaínos para prestar depoimento: Antônio Soares Calçada, Alexandre Cupello e Amadeu Pinto da Rocha.
Segundo um dos membros da CPI, os senadores na verdade não precisam mais ouvir o deputado vascaíno, pois já possuem provas suficientes contra ele. Segundo este membro da Comissão, Eurico na verdade estava tendo uma oportunidade para se defender.
Como é deputado federal, Eurico tem a prerrogativa de escolher o local em que vai prestar depoimento. O deputado optou então em ser ouvido em seu gabinete. Mas os senadores não aceitaram alegando que o gabinete de Eurico, além de não reunir condições para receber os 25 membros da CPI, não é um local público, como manda o regimento interno do Senado para depoimentos de CPIs.