Belo Horizonte - O Cruzeiro mostrou nesta sexta que está mesmo atolado numa crise. Divididas ríspidas e bate-bocas ásperos marcaram o coletivo realizado à tarde na Toca da Raposa. Não faltaram também declarações polêmicas que explicitaram o ambiente de desunião da equipe. Antes do treino, houve uma preleção de 20 minutos do técnico Ivo Wortmann, que cobrou uma mudança de atitude dos jogadores para tirar o time da crise.
A surpresa veio na distribuição das camisas. Wortmann barrou os medalhões Marcus Vinícius e Sérgio Manoel e escalou dois juniores de 18 anos como titulares no meio-campo: Guilherme e Recife.
“Às vezes, tu tens que mexer com os brios dos jogadores”, explicou Wortmann, admitindo que deu um gelo no grupo e que os garotos não serão escalados contra o Sport, neste domingo, em Recife, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.
Assim que o coletivo começou, vieram as confusões. Sérgio Manoel não amaciou ao dar uma entrada no garoto Guilherme: “Entrei mais duro para ele ver que as coisas não são tão fáceis.”
O atrito entre Rincón e Marcus Vinícius roubou a cena. O colombiano chegou duro, não pediu desculpas e ouviu o desabafo: “Você precisa entrar assim é nos adversários”, gritou Marcus Vinícius.
Irritado com o clima, o argentino Sorín deu um chutão na bola, atingindo o auxiliar Caio Júnior que apitava o treino e era alvo de críticas.
Após o treino, Sorín e Rincón, se recusaram a falar com a imprensa.