Pequim - O Comitê Olímpico Internacional (COI) não vai monitorar os números de violação de direitos humanos da China nem as relações com a rival Taiwan na preparação do país para os Jogos Olímpicos de 2008, disse na segunda-feira o presidente da entidade, Jacques Rogge.
Mas Rogge, eleito presidente do COI em julho, afirmou que os Jogos terão um ``grande impacto no ambiente social da China -- e isso inclui os direitos humanos''.
Rogge está em Pequim em uma visita de dois dias para discutir os preparativos dos Jogos de 2008 com autoridades da cidade.
Rogge foi eleito para o cargo de presidente do COI no mesmo fim de semana em que a entidade escolheu Pequim como sede das Olimpíadas de 2008 apesar dos protestos em todo o mundo sobre os problemas de direitos humanos da China.
Alguns grupos de direitos humanos e políticos do Ocidente condenaram Pequim como sede das Olimpíadas por temerem que a China vá usar os Jogos para legitimar suas políticas.
Críticos dizem que a China poderia também usar as Olimpíadas para propagar sua posição em relação a Taiwan, considerada pela China uma província rebelde que deve se reunir ao país, por força se necessário.
Mas Rogge disse que política não é de sua conta.
``O Comitê Olímpico Internacional não é uma entidade política, é uma organização esportiva, portanto não vamos nos envolver em política'', disse Rogge, que repetiu a mesma mensagem várias vezes em uma entrevista à imprensa em Pequim.
``O COI, claro, é a favor da melhor situação possível para os direitos humanos em todos os países do mundo'', ele completou. ``Mas não é trabalho do COI se envolver em monitorar ou influenciar''.