Rio - O atacante Euller tem boa parcela de culpa na irritação do técnico Felipão. Na base da velocidade, o Filho do Vento colocou por terra a segurança do esquema 3-5-2 ao marcar dois gols e deixar Belletti sem goleiro livre para marcar o terceiro no empate em 3 a 3.
“Foi boa a minha atuação. Consegui fazer gol, criar oportunidades entre três zagueiros. Quero sempre contar com a confiança do treinador”, disse o atacante.
Euller calça as sandálias da humildade e divide os louros da atuação com Belletti e, principalmente, Juninho. “Aproveitei as características do Belletti e do Juninho. Com o Juninho, o time ganha em qualidade no passe”, elogiou Euller, esquecendo-se de que fez um gol e deu passe para outro justamente quando Juninho estava treinando entre os titulares.
Apesar da brilhante atuação, Euller nem sequer sentiu o gosto de vestir o colete dos titulares, mas diz que está pronto para ajudar a Seleção Brasileira com sua velocidade característica. “Velocidade é sempre uma arma no futebol. Teoricamente, os zagueiros não têm a mesma velocidade dos atacantes. Por isso, levo vantagem”, revelou.
Acostumado a servir os companheiros, Euller mostrou uma nova característica: o poder de conclusão apurado. Ele credita a vida de "matador" aos ensinamentos de Telê Santana, na época de São Paulo, e ao convívio com Romário, no Vasco. “Em 94, o Telê me dizia para deixar mais a ponta direita. Jogava muito preso. E agora com Romário crio as jogadas e procuro finalizar. Ser completo”, comentou.