Varsóvia - Em apenas um ano, o técnico polonês Jerzy Engel fez com que sua seleção abandonasse a mediocridade e se tornasse a primeira seleção européia a vencer seu grupo nas eliminatórias para a Copa do Mundo.
Engel disse que a reviravolta, que culminou com uma vitória sobre a Noruega por 3 a 0 no sábado, se deve a grandes mudanças feitas na equipe, e também à sorte.
Para recuperar uma seleção que chegou a ficar 10 jogos sem marcar um único gol, o técnico polonês montou uma sólida defesa, comandada pelo zagueiro Waldoch e pelo goleiro Dudek, e contou com a força do artilheiro Olisadebe.
``A força de nosso esquadrão se baseia na disciplina e na coletividade, em que todos podem contar com todos. Nossa defesa é sólida e nosso contra-ataque é forte'', disse Engel.
Uma das primeiras providências de Engel como técnico foi agilizar os procedimentos para a naturalização de Olisabede, nigeriano de nascimento, que acabou por se tornar o destaque da equipe, marcando sete gols em seis jogos nas eliminatórias.
``Ele é um grande jogador, um dos melhores atacantes da Europa'', elogiou Engel. ``Nosso time sem Olisabede é como imaginar a Ucrânia sem o talento de Shevchenko''.
Como de costume, o supersticioso Engel vestiu sua capa de chuva marrom-acinzentada, segurou um mascote de elefante dado por sua filha e um rosário do Papa João Paulo 2o. durante a partida contra a Noruega.
``Os resultados mostraram que minhas manias têm dado certo'', comemorou o técnico. ``Espero que elas continuem a nos ajudar''.
Antes de comprar suas passagens para Coréia do Sul e Japão, os poloneses apenas cumprem tabela ao jogar fora de casa contra a Belarus, na quarta-feira. No mês que vem, é a vez de receber a Ucrânia.