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"Fogueira" faz Gil driblar acidente de Zanardi e atentado terrorista
Segunda-feira, 24 Setembro de 2001, 21h11
Atualizada: Segunda-feira, 24 Setembro de 2001, 21h14

Associated Press
Gil comemora título no GP da Inglaterra

São Paulo –Vontade de vencer as barreiras. Esta é a motivação que faz o piloto brasileiro Gil de Ferran, atual campeão da F-Indy e vice da temporada da categoria, permanecer pisando fundo e conseguir vencer os traumas do acidente do companheiro Alessandro Zanardi e dos atentados terroristas aos Estados Unidos.

Morando na Flórida (EUA) há cerca de seis anos, Gil conquistou o título do GP da Inglaterra no sábado, logo depois de a categoria ficar marcada por grave acidente do piloto italiano, que teve as pernas amputadas. E ainda após os atentados a Nova York, quando 6 mil pessoas foram mortas.

“Todo piloto tem uma fogueira que queima na sua barriga que o faz passar os seus limites”, disse, se referindo ao fato também sobre a notícia que dava que o alemão Michael Schumacher poderia se aposentar ao final da temporada de F-1. “O Schumacher, que parece que toda a corrida entra como se fosse a primeira, sabe que precisa ter uma motivação. E só ele pode sentir se a temperatura desta fogueira está diminuindo. E quando se perde a motivação, você deixa suas qualidades”, disse, em entrevista para a rádio Jovem Pan, de São Paulo.

Gil também tenta não pensar muito no acidente de Zanardi. E diz que todo piloto está suscetível a tal acontecimento. “Conversei com a minha mulher sobre este assunto. As pessoas que me conhecem sabem que eu amo aquilo que eu faço, e foi o que escolhi e estou levando todos junto comigo. É uma situação difícil”, falou. “O que aconteceu com o Zanardi foi um dos momentos mais difíceis de minha carreira. Ele não era meu amigo íntimo mas tenho uma ótima relação com ele, que assim como eu, também tem filho pequeno. Mas, infelizmente, é um risco que sabemos que corremos. O mundo continua andando para a frente.

TERRORISTAS - O brasileiro comentou ainda que o atentado não fará deixar de morar na Flórida, nos Estados Unidos. Para ele, é preciso que o mundo ocidental continue crescendo.

“Foi uma coisa horrorosa, que afetou muito gente no mundo todo ocidental. Mudou muita coisa no aeroporto, aqui os aeroportos estão todos cercados. Vive momentos tensos, mas há uma determinação para que as coisas continuem andando por aqui”, afirmou.

Redação Terra


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