Belo Horizonte - A Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated não é a única parceira do Cruzeiro, que realiza negociações com outros grupos de investidores. Neste caso, a sociedade se restringe à compra de jogadores. Duas contratações feitas pelo Cruzeiro no ano contaram com recursos de uma conhecida rede de supermercados de Belo Horizonte, o EPA.
O grupo detém 50% dos direitos de comercialização do meia Jorge Wágner, comprado ao Bahia por R$ 4 milhões, e do atacante Adriano Chuva, adquirido ao Juventude por R$ 2 milhões. Na ocasião, o Cruzeiro divulgou ter arcado com todo o montante, explicando que a Hicks não havia se interessado pelas negociações, em decorrência da contenção de gastos e do corte de investimentos.
“Não divulgamos a parceria nessas compras a pedido do grupo que realizou o investimento conosco”, justificou o presidente cruzeirense Zezé Perrella.
Ele garantiu haver uma cláusula no contrato com a Hicks que permite ao clube captar investimentos de outros parceiros. “A Hicks sempre tem a preferência, mas, caso ela não se interesse pelo negócio, o Cruzeiro passa a ter total autonomia para buscar outros parceiros”, disse Perrella.
A suspensão dos investimentos pela Hicks é uma evidência de que as parcerias com Cruzeiro e Corinthians estão na reta final. Informações dão conta de que elas não passarão de janeiro do ano que vem. “Não é mistério para ninguém a insatisfação da Hicks, mas acredito que a parceria vai permanecer no ano que vem”, nega Perrella.