Rio - Não seria exagero dizer que, pelo menos no surfe, o Brasil perdeu a guerra. Com o recente cancelamento das etapas européias do WCT e brasileiras do WQS (divisão de acesso), em função do terror nos Estados Unidos e da disparada do dólar, os tupiniquins levaram a pior. Renan Rocha e Armando Daltro, dois dos melhores canarinhos entre os top 45 do mundo, terão de suar para se classificar numa das duas divisões no Havaí, onde serão realizadas as últimas etapas do WQS, em Haleiwa, e do WCT, em Sunset.
O esquadrão verde-amarelo das ondas não deve apenas perder surfistas experientes. Pior: com o fim das etapas do WQS em Florianópolis e Maresias, os brasileiros que ainda lutam por um lugar ao sol, como Danilo Costa e Crhistiano Spirro, não terão os pontos fartos dos torneios caseiros. Decidirão o futuro em Haleiwa, numa competição inchada apenas pelos melhores surfistas do mundo, em ondas muito diferentes das que surfam habitualmente. Fábio Gouveia, após mais de uma década de elite, não teme ter de decidir no Havaí, mas lamenta pelos colegas mais novos.