Rio - Cláudio Adão faz estágio como treinador no Fluminense desde o início do mês, mas não está preso ao aprendizado com Oswaldo de Oliveira. Com mais de 950 gols no currículo, o ex-jogador dá conselhos para que os atacantes tricolores cresçam neste Brasileiro.
Ele é visto no grupo como exemplo de goleador. "Ele é um dos ídolos que tinha quando pequeno. E nós temos que procurar aprender com quem sabe. Sempre que posso, peço e escuto seus conselhos", disse Agnaldo. " Cláudio Adão tinha tranqüilidade na área e sabia fazer gols como poucos. É bom ter alguém assim ao nosso lado" completou Roni.
Neste período em que está no Fluminense, Cláudio Adão já detectou virtudes e falhas daquele que considera o melhor grupo de atacantes entre os times que disputam o Brasileiro. Ele é fã de Agnaldo e compara o estilo do atacante ao seu nos tempos de jogador. Mas comenta que, mesmo habilidoso dentro e fora da área, como definiu, o atacante precisa aprimorar suas cabeçadas.
"Realmente não chego a ser um Jardel" brinca Agnaldo. "Não tenho tido muito tempo para treinar isso e só cabeceio bem para o lado esquerdo. Para o lado direito, a bola sai fraca", diz
Cláudio Adão também elogiou a velocidade e a boa movimentação de Roni. Mas criticou sua falta de tranqüilidade nas finalizações. "Realmente, no passado, já fui muito afobado na hora do chute. Mas isso vem diminuindo com o tempo. Levo desvantagem porque dou longos piques antes de chutar. Recebo o lançamento, corro, e chego cansado na hora do chute. Isso tira um pouco do raciocínio para a conclusão" concordou Roni.
Magno Alves, autor do terceiro gol do Fluminense no último jogo, contra o Coritiba, teve seu chute elogiado pelo treinador estagiário. Mas também não escapou das críticas. "Ele chuta bem com as duas pernas, com força e precisão. Mas precisa melhorar a sua colocação na área", avaliou Adão. Magno assinou embaixo. "Vindo dele..."