Rio - Depois de a empresa WRV Empreendimentos e Participações Ltda ter recorrido à justiça contra o Atlético Mineiro, reivindicando o repasse de cerca de R$ 15,5 milhões referentes a sua participação nos passes do atacante Guilherme e do zagueiro Cláudio Caçapa, o departamento jurídico do clube contra-atacou e cassou a liminar que determinava a apreensão de bens que seriam utilizados como garantia de pagamento em caso de a ação ser considerada procedente.
Segundo Ricardo Guimarães, presidente do Atlético, a empresa não cumpriu o contrato na íntegra e, por isso, há uma série de pontos que precisam ser esclarecidos. Ainda de acordo com o presidente atleticano, quando o contrato foi firmado, a empresa se comprometeu a repassar cerca de R$ 10,8 milhões ao clube, mas o valor repassado não ultrapassou R$ 5,7 milhões.
"O contrato numa foi e nem será desse valor que estão falando. Além disso, a empresa não cumpriu com o principal ponto do contrato, que era o repasse total do valor que estava acertado. Por isso, eles não têm direito no que estão reivindicando" disse Guimarães.
Para complementar, o presidente do clube afirmou que a WRV não poderia ter feito a correção do valor em dólares e também não tinha direito a estipular multa contratual, pois não cumpriu à risca o que estava acordado. Ele concluiu dizendo que o Atlético só pagará o que de fato deve.
"Outra irregularidade é que a correção foi feita em dólares e eles ainda estipularam uma multa, que na verdade, nós é que temos de cobrar, pois eles não cumpriram o contrato. De qualquer forma, o Atlético está disposto a acertar o que deve, mas desde que os valores respeitem à realidade", concluiu.