Berlim - Os alemães começaram a pensar o inimaginável na segunda-feira. A seleção nacional ficar fora da Copa do Mundo de 2002.
Depois do empate de sábado por 0 x 0 contra a Finlândia, o time tricampeão mundial vai ter que disputar dois jogos contra a Ucrânia no mês que vem, sendo um em casa, o outro fora.
Caso a Alemanha não vença a repescagem, será a primeira vez que o time não se classifica para uma Copa do Mundo. Como Alemanha ou Alemanha Ocidental, o país não disputou apenas os Mundiais de 1930 e 1950. Mas o motivo da ausência alemã foi político, não futebolístico.
"Uma Copa do Mundo sem a Alemanha? Não quero nem imaginar isso. Mas temos que ser claros. Se jogarmos contra a Ucrânia do mesmo modo que fizemos no primeiro tempo contra a Finlândia, nós não temos nenhuma chance de nos classificar", disse Franz Beckenbauer, que era o capitão da equipe que conquistou a Copa de 1974 e o técnico campeão do mundo em 1990.
Má fase
As últimas semanas foram difíceis para os alemães. Até o final de agosto, a Alemanha liderava o grupo nove das eliminatórias e parecia caminhar para a classificação.
Mas no início de setembro o time foi goleado em casa pela Inglaterra -- 5 x 1. Quando teve uma segunda oportunidade, provocada pelo empate da Inglaterra com a Grécia por 2 x 2, a seleção mais uma vez decepcionou.
Sem confiança na equipe, os alemães começaram a debater o futuro da seleção. O goleiro Oliver Kahn resumiu o sentimento dos jogadores após o jogo de sábado. "O vestiário estava quieto, como se nada tivesse acontecido. É lógico que eu não era o único com raiva das chances perdidas. Mas alguns pareciam nem ligar", disse Kahn.
O jornal Bild condenou toda a equipe -- exceto o goleiro Kahn -, chamando eles de 'Flaschen', ou perdedores.