Rio - As declarações do vice-presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP), René Orozco, dando conta de que o próximo treinador da seleção chilena será escolhido por intermédio de uma votação popular, deixaram o atual técnico da seleção, Jorge Garcés, muito irritado. Visivelmente aborrecido com a situação, Garcés revelou que não vai participar deste tipo de eleição.
“Tenho todo o direito de ficar chateado por este comentário ter sido feito agora. Eu tenho um compromisso com a seleção até o fim do ano e depois disso os dirigentes podem fazer o que bem entenderem. Como acho ridículo ter que enviar currículo ou disputar no voto um cargo que estou ocupando, fico de fora desta disputa”, afirmou Garcés.
O fato de Orozco já ter manifestado publicamente o desejo de ver Miguel Angel Russo no cargo também mereceu ironia por parte do treinador da seleção chilena. “Se for uma votação popular é a grande chance do Orozco votar no Russo. Mas é uma preferência muito estranha, pois faz tempo que o Russo está nos últimos lugares das competições que disputa, rebaixando várias equipes”, afirmou Garcés.
Perguntado sobre as propostas que tem recebido para dirigir equipes de fora do país, Garcés afirmou que não descarta nenhuma possibilidade e voltou a mostrar que está magoado. “Existem coisas mais interessantes do que disputar no voto o cargo de técnico da seleção chilena. Se não me dão valor no meu próprio país, onde tenho sido um vencedor há dez anos, tenho que buscar reconhecimento fora”, afirmou Garcés.