Curitiba - Se depender da diretoria do Atlético-PR, a liga regional com a participação dos clubes paranaenses não terá os mesmos moldes do que vem sendo feito no eixo Rio-São Paulo. O presidente do Rubro-Negro, Marcus Coelho, não quer a participação de cartolas na direção da futura entidade, e defende a profissionalização à frente do que ele considera ser a oportunidade para a reformulação do futebol brasileiro.
“Eu sou favorável à criação das ligas, mas não quero que o tiro saia pela culatra”, disse.
Coelho é totalmente contra, por exemplo, a participação do presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, no comando da Liga Rio-SP. “Temos que tomar o mesmo caminho seguido pelos europeus, contratando executivos para gerir as ligar”, argumentou.
Já o presidente da Federação Paranaense, Onaireves Rolim de Moura, disse ser totalmente contra a criação das ligas. Para ele, dirigentes de entidades do futebol não devem ser remunerados. “É uma questão de princípios. As pessoas devem trabalhar por prazer, como eu faço na Federação. Estou na direção porque gosto”, garantiu.
De acordo com os dirigentes do Paraná Clube, o problema não está na liga, mas na forma como a estão querendo criar. De acordo com o Superintendente de Futebol, Ocimar Bolicenho, estão querendo fortalecer os chamados grandes em detrimento dos outros clubes. “O Clube dos Treze está monopolizando a criação das ligas e, se continuar assim, apenas haverá a mudança de dono. De que adianta sair a CBF e entrar o Clube dos 13?”, argumentou.
O Coritiba, no entanto, adotou uma postura branda sobre o assunto. Francisco Araújo, presidente do Coxa, disse desconhecer a possibilidade de Onaireves Moura assumir o comando da liga no Paraná, conforme foi publicado pela imprensa local. “Não sabemos nem se o Onaireves deseja o cargo”, completou.