Rio - Preocupado por enfrentar o Corinthians, no Morumbi, com apoio de sua torcida e ciente de que o Flamengo anda na rabeira da tabela, sem poder perder, o técnico Zagallo não pensou duas vezes: agiu como o técnico da Seleção Brasileira, Felipão, priorizando a defesa.
“Essa postura não quer dizer que não vamos atacar o Corinthians”, defendeu-se Zagallo.
Apesar do discurso, o treinador armou um ferrolho ao colocar o volante Carlinhos no lugar de Roma, deslocando Petkovic para o ataque. No treino coletivo desta sexta, na Gávea, até deu certo quando os titulares venceram os reservas por 2 a 0 – gols de Reinaldo e Petkovic. Mas as experiências no Campeonato Brasileiro, Atlético Paranaense e Coritiba, não foram boas: duas derrotas.
O atacante Reinaldo, que reclamou do isolamento nas duas derrotas, entende a posição de Zagallo, mas faz novamente o alerta: “Não pode bobear. Jogamos na casa deles. O Corinthians perdeu para o Cruzeiro e conta com a volta do Ricardinho. Já jogamos assim no Brasileiro. Temos que atacar com cinco ou seis”, alertou.
O goleiro Júlio César concorda com o esquema. Ele acredita que quando a fase não é das melhores a saída é se preocupar primeiro em não levar gol. “Estamos fora de casa, o Corinthians tem grandes jogadores e um treinador competente (Wanderley Luxemburgo). Todo cuidado é pouco. Estamos no fundo do poço”, disse.
Com a formação defensiva, o capitão Beto tem a obrigação de encostar nos atacantes para o Flamengo aparecer no campo ofensivo. “Com esse esquema tenho mais liberdade para atacar”, afirmou.