Rio - Normalmente quando uma equipe faz uma campanha destacada numa competição como o Campeonato Brasileiro não há motivos para contestações. Mas o Fluminense, quarto colocado com 34 pontos, pode estar sob a ameaça de turbulências. O atacante Roni, atualmente na condição de reserva, não esconde de ninguém a sua insatisfação.
O mal-estar começou na partida contra o São Paulo, no último domingo. Voltando à equipe após se recuperar de um problema muscular, Roni fora preterido pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que optara pela manutenção da dupla de ataque formada por Magno Alves e Andjel. Depois do confronto, Roni reclamou da barração, mas no treinamento desta quarta-feira, nas Laranjeiras, resolveu mudar o seu discurso.
“Todos ficaram sabendo que fiquei chateado depois do jogo contra o São Paulo. Mas já estão falando demais sobre este assunto, e é a hora de passar a régua. O pensamento agora está voltado para o jogo contra o Cruzeiro”, desconversou Roni.
Apesar de tentar amenizar um possível agravamento no clima dentro do grupo tricolor, Roni demonstra uma tranqüilidade aparentemente momentânea. E avisa que vai esperar pela preferência de Oswaldo de Oliveira para, então, falar sobre o assunto barração, caso o treinador o deixe novamente no banco de reservas.
“Por enquanto, eu e o Oswaldo conversamos apenas sobre o posicionamento durante os treinamentos. Vamos esperar pela definição da equipe titular, para depois comentar alguma coisa”, disse Roni.
Oswaldo de Oliveira, por sua vez, prefere não entrar em rota de colisão com o atacante. O treinador considerou normal a atitude de Roni, que quer voltar a ser titular a qualquer custo.
“Nós vamos trabalhar durante a semana para escolher a melhor formação. Eu ia estranhar se ele (Roni) estivesse dando gargalhada, ficando na reserva. É normal que haja insatisfação de um jogador desde que não interfira no grupo. E o Roni jamais criou qualquer tipo de problema, mesmo não integrando a equipe titular em alguns momentos”, comentou Oswaldo.