Londres - O meio-campista Emmanuel Petit, do Chelsea, defendeu sua posição de não disputar uma partida da Copa da Uefa, na semana passada, contra o Hapoel Tel Aviv, em Israel.
O craque francês foi um dos seis jogadores do Chelsea que se recusou a viajar, por receio de ataques terroristas. Graeme Le Saux, Eidur Gudjohnsen, William Gallas e Albert Ferrer tomaram a mesma posição, enquanto Marcel Desailly alegou uma contusão.
Petit, que passou o dia da partida fazendo compras em Londres, declarou ao jornal Sunday's News of the World: ``Foi uma decisão tomada depois de muita consideração. Está além do contexto esportivo e eu não tenho que me justificar''.
``Com tudo o que está acontecendo no mundo, acho que minha vida pessoal é essencial. Eu me considero responsável o suficiente para tomar uma escolha que só compete a mim''.
A equipe desfalcada do Chelsea não teve incidentes na viagem, mas perdeu a partida por 2 a 0, dificultando as coisas para o jogo de volta.
``Há sempre algum maluco por perto e você nunca sabe o que pode acontecer. Eu não quero correr o menor risco, nem que seja apenas 0,001%. Já não posso pensar só em mim'', acrescentou o francês.
``O clube nos deu a escolha de viajar ou não para Israel. Eles não seriam capazes de nos forçar a ir contra a vontade. Nós discutimos o assunto juntos e então cada um decidiu o que era certo em sua consciência, sempre respeitando o direito dos outros''.