Rio – As herdeiras do ex-craque Garrincha processaram a editora Companhia das Letras e o escritor Ruy Castro, autor da biografia do jogador, por danos morais. No livro, Castro conta que o ex-atacante da Seleção Brasileira tinha um pênis de 25 centímetros, e que por isso era “uma máquina de fazer sexo”.
Em audiência realizada nesta segunda-feira, as herdeiras de Garrincha perderam a causa. “Tenho de ressaltar que ter um membro sexual grande, pelo menos nesse país, é motivo de orgulho, pois significa masculinidade”, afirmou o juiz João Wehbi Dib.
Mas as herdeiras do ex-jogador não saíram de mãos abanando. A Segunda Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que elas devem receber 5% do preço de capa do livro. Os juizes acreditam que a foto da capa denigre a imagem do ídolo brasileiro.
Outro assunto do livro que incomodou a família foi a detalhado relato do problema do ponta-direita com a bebida. “O que é descrito no livro é de conhecimento público. Garrincha era doente, sofria com o alcoolismo. Suas aventuras amorosas, também descritas no livro, não ofendem sua memória, dignidade ou honra”, declarou o juiz Dib.
Garrincha morreu em 20 de janeiro de 83, vítima de cirrose.