São Paulo - Léo diz que faz qualquer negócio para estar em campo no domingo. Vale jogar no sacrifício, ainda sentindo dores no joelho esquerdo. Para o lateral, o campeonato chegou à sua fase decisiva.
“É hora de esquecer tudo e ir para o jogo. Não quero ficar de fora desse clássico de jeito nenhum”, afirma o titular da ala esquerda.
Quando cita a palavra "esquecer" Léo não especifica se está se referindo apenas à dor ou ao ano de 2001. Talvez as duas coisas, já que elas confundem-se na cabeça do jogador. Ele assegura que jamais teve um ano tão ruim profissionalmente. “Rapaz, é brincadeira. Nunca fiquei tanto tempo de fora desse jeito. Quero que isso passe logo”, declara, lembrando que é a terceira contusão que sofre no ano.
Em uma delas, teve que ser cortado da Seleção Brasileira. Léo, aliás, foi um dos mais felizes com a antecipação do retorno da delegação a Santos. Isso porque a rotina em Águas de Lindóia foi sempre a mesma: trabalho.
“Eu não tenho um segundo de paz. Às 7h30 vou para a fisioterapia. Depois venho para o treino com todo o grupo. No começo da tarde, faço reforço muscular, vou para o treino tático e na volta, ainda faço hidroginástica”, relata.
Todo esforço apenas pela recompensa de estar em campo no clássico contra o Corinthians. Um jogo que, para Léo, é quase irresistível. “A Vila vai estar lotada, será um grande jogo que todo Brasil vai ver e nosso time precisa muito da vitória. Não é decisão, mas pode ser a arrancada para a vaga”, projeta o ala, fora da equipe desde a vitória diante do São Paulo.