Roma - O documento do zagueiro argentino Roberto Ayala que a Procuradoria de Udine está investigando por suspeita de fraude no seu passaporte italiano, é relativo ao estado civil do bisavô materno de sua esposa.
O documento permitiu que Ayala conseguisse a cidadania italiana, sem perder sua nacionalidade argentina, e, portanto, jogasse desde 1999 no Milan como cidadão da União Européia (UE), mas a polícia ainda não pôde confirmar se o antepassado de sua mulher procede efetivamente da localidade napolitana onde ele diz ter nascido.
Ayala, que foi vendido pelo Milan ao Valência no ano passado, figura desde o início deste ano na lista do procurador de Udine, Paolo Alessio Verni, que depois do escândalo levantado pelos passaportes falsos decidiu investigar a documentação que permitiu a jogadores de fora da UE atuar na Itália.
A investigação, que levou Ayala a ser inscrito como suspeito de delito de falsidade em documento público, avançou ontem, terça-feira, com a presença de enviados da Procuradoria de Udine à sede do Milan e aos escritórios do registro de Gallarate (Milão), onde foi constatada a cidadania italiana do jogador.
Em comunicado oficial, se disse "totalmente alheio" ao desenvolvimento de práticas legais que permitiram a Ayala adquirir a cidadania italiana.
Outro jogador que, segundo alguns meios de comunicação, entra na atual fase de investigação da Procuradoria de Udine é o goleiro Fabián Carini, da seleção uruguaia e do Juventus de Turim, que está inscrito como cidadão da UE.