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Seleção feminina faz a festa em Belém
Quinta-feira, 25 Outubro de 2001, 17h18

Rio - A seleção brasileira feminina de vôlei foi recebida com festa pelos fãs de Belém (PA). Embora as partidas entre Brasil e Cuba estejam programadas para o ginásio Almir Gabriel, no município vizinho de Ananindeua, a capital também parou para ver as seleções passarem. Assim como no primeiro jogo, nesta noite de quinta-feira, quando o Almirzão será inaugurado, a segunda partida será disputada a partir das 20h30 (21h30 de Brasília), de sexta-feira.

E para entrar na quadra com o time afinado diante Cuba, o técnico Marco Aurélio Motta utilizou o treino desta manhã para armar e corrigir o posicionamento das jogadoras para as próximas partidas. "Armamos o plano de jogo para essas partidas da Copa da Amizade, corrigindo algumas situações encontradas no Grand Prix. Nestes jogos, será muito importante bloquear e sacar bem, muito mais do que diante de outras equipes", diz Marco Aurélio.

No segundo confronto, o técnico brasileiro já adiantou que pretende manter a estrutura da equipe – Gisele, Érika, Virna, Raquel, Karin, Flúvia e a líbero Fabi. "Claro que posso mudar uma ou outra peça, já que estamos aproveitando estes jogos para avaliarmos várias situações, mas a base é essa", explica Marco Aurélio.

Na noite de quarta-feira, a seleção desembarcou em Belém por volta das 23h e, apesar do horário, os torcedores fizeram uma festa para recebê-la.

Todas as jogadoras foram muito solicitadas, mas Virna, Jaqueline e Érika foram as que menos tiveram tempo para respirar. Convidada para juntar-se à banda e alguns dançarinos locais, Virna não se fez de rogada e tratou logo de entrar na dança. Bichinhos de pelúcia e bombons foram os presentes mais freqüentes entregues às atletas.

Após o treino da manhã desta quinta-feira, parte das jogadoras, Marco Aurélio Motta, Luizomar de Moura (assistente técnico) e Jorjão (supervisor da equipe) visitaram o setor de pediatria e quimioterapia do Hospital Ofir Loyola – especializado no tratamento do câncer.

A ação, organizada pelo Banco do Brasil – patrocinador oficial da seleção – foi um sucesso. "Vivemos diariamente buscando resultados e vitórias. Acho que esquecemos um pouco que existem outras vitórias. E o que vimos hoje é que são as grandes vitórias: famílias e crianças lutando. O sorriso que arrancamos destas crianças sem dúvida tem um peso muito maior do que qualquer medalha. Tenho um filho de quatro anos, o Luiz Henrique. Quando ele tem um simples resfriado, já é uma loucura, fico preocupadíssimo. Essa visita valeu como um recado para mim. Imagino o que essas famílias sofrem diariamente", comenta o assistente de Marco Aurélio, deixando escapar as lágrimas.

Também muito emocionada com as crianças, a líbero Fabi tem um sonho: "Nunca disse isso para ninguém, mas o meu objetivo quando estiver mais estabilizada financeiramente é ajudar algumas crianças. Luto para que isso aconteça logo.

Só não fiz isso ainda porque preciso ajudar a minha família. Mas esse dia vai chegar em breve e vou realizar esse sonho. Pode escrever isso que estou dizendo", garante a jogadora, ainda chorando.

L! Sportpress


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