Rio de Janeiro - O presidente interino da CBF, Alfredo Nunes, garantiu na tarde de quinta-feira que o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, não vai renunciar, mas confirmou que Teixeira vai prorrogar sua licença médica por mais alguns meses.
No entanto, o presidente interino admitiu que a licença médica de Teixeira, que vai até o dia 30 de outubro, será renovada, mas ele não sabe por quanto tempo. "Ricardo Teixeira não vai renunciar", garantiu Nunes. "Nas conversas que tivemos ele nem tocou no assunto".
O médico particular de Teixeira, Roberto Horcades, pediu que ele ficasse seis meses sem trabalhar e sem estresse. "Decisão médica não tem apelo", continuou Nunes, que disse que Ricardo Teixeira está com a saúde abalada e provavelmente irá se tratar em Cleveland, nos Estados Unidos.
Nunes, que assumiu o controle da entidade máxima do futebol brasileiro depois que Teixeira pediu licença médica, aproveitou a entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para criticar o Ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles.
"Essa possível intervenção na CBF (sugerida por Melles na terça-feira) não tem respaldo jurídico", disse Nunes, citando o artigo 217 da Constituição que diz que as entidades esportivas são autônomas. "Acho, como advogado, que não há como se intervir na CBF, que é uma entidade privada", completou ele.