São Paulo - A surpresa na escalação do atacante Gil no lugar de Otacílio, divulgada minutos antes do início do clássico, foi um dos fatores mais importante para a vitória, segundo o técnico Wanderley Luxemburgo. A entrada de mais um jogador de frente parece ter desestabilizado o sistema defensivo santista.
“Coloquei um atacante para cobrir o espaço de cada zagueiro na área, dificultando a saída de bola do Santos e evitando levar um gol logo no início do jogo, que era uma grande preocupação nossa.”
Com o empate por 0 a 0 no intervalo, o treinador aproveitou a já previsível pressão da torcida santista como arma para consolidar a vitória por 2 a 0 no clássico. “Voltamos para campo sabendo que aquele era o momento de explorar os contra-ataques, jogar o Santos contra a torcida e definir o placar”, revelou o atacante Gil, que considerou o clássico como uma partida leal.
A marcação sobre os dois pontos considerados fortes na criação das jogadas santistas, Marcelinho e Robert, também foi apontada como fundamental para a vitória. “Neutralizamos os dois jogadores de meio dele, com isso minimizamos os espaços e eliminamos seus pontos mais fortes”, afirmou o volante César Sampaio, que gostou de ver a equipe com três jogadores na frente. “Mesmo com três atacantes não ficamos vulneráveis em nenhum momento da partida.”
Apesar da festa no vestiário, os jogadores já estão com a cabeça na partida da próxima quarta-feira, contra o Universidad Católica, pelas quartas-de-final da Copa Mercosul. “Precisávamos muito da vitória para embalar tanto no Brasileirão como na Mercosul”, disse Scheidt.