Rio - A técnica da equipe de ginástica olímpica do Brasil, Georgette Vidor, disse que, para ela, o quarto lugar conquistado no Mundial da Bélgica valeu ouro. Georgette, que desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio ao lado da ginasta Daniele Hypólito, medalha de prata no Mundial, declarou não ter acreditado quando viu no placar que o Brasil tinha passado à final.
"Nunca fiquei tão nervosa em toda minha vida, mas não deixei transparecer. Pedi para a Dani dar tudo de si nesta última apresentação e acho que ela finalmente captou tudo aquilo que eu vinha dizendo há tempos", relatava, animada, a técnica. "Depois da medalha de prata, eu disse a ela: ‘Obrigado por esta emoção que você está me dando", completou a treinadora.
Segundo ela, a partir de agora, o sonho de uma medalha olímpica passa a existir, mas é necessário patrocínio. "Se eu mostrasse às equipes de outros países o péssimo estado do tablado onde treinamos no Flamengo, eles diriam que eu faço feitiço, algum tipo de bruxaria. É claro que nós temos um Centro Nacional de Treinamento, em Curitiba, mas não foi lá que a Daniele treinou. Temos que ter patrocinadores, leis de incentivo ao esporte, como, por exemplo, o vôlei. Sem querer desprezar estes esportes, o vôlei e o basquete têm somente uma possibilidade de medalha por competição. Nossa equipe tem 16 atletas, todos com chances", desabafou a Georgette.