Rio - Daniele Hypólito, a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha em um Mundial, desembarcou na manhã desta quarta-feira no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, acompanhada de sua técnica Georgette Vidor.
Sobre as já conhecidas dificuldades de treinamento no país, Daniele desabafou. “Nós fazemos milagre, treinamos em condições precárias. Mas mesmo assim não penso em sair do Brasil para treinar em outro lugar, porque aqui é o meu país”, disse a ginasta que dedicou a medalha a Deus, à família, ao jogador Ronaldo, da Inter de Milão, que banca as viagens dela, e à técnica Georgette Vidor.
Daniele disse, em entrevista coletiva bastante tumultuada no próprio aeroporto, que a medalha de prata conquistada no Mundial da Bélgica (na modalidade solo) fará as ginastas brasileiras serem mais respeitadas pelas adversárias nas próximas competições.
“Estou muito feliz. O resultado foi muito importante, não só para mim, como para a ginástica brasileira. A partir de agora, as ginastas brasileiras vão ser mais respeitadas.”
Georgete afirmou que nunca ficou tão nervosa na sua vida como no dia da final. “Fiquei tão nervosa que quando olhei para o placar para ver o resultado final vi terceiro em vez de segundo lugar. Estou muito emocionada. Agora, é treinar para classificar não só uma ginasta, mas a equipe brasileira para as Olimpíadas de Atenas (2004).”
A equipe brasileira terminou o Mundial da Bélgica em 11º lugar. A ginasta Daiane dos Santos, que ficou em quinto lugar na mesma modalidade de Daniele, foi direto para Porto Alegre, onde mora.