Parma (Itália) - O argentino Daniel Passarella, que assumiu como novo treinador do Parma, comentou, durante sua apresentação oficial, nesta quarta, que o atual tem qualidade para estar entre os quatro primeiros do Campeonato Italiano e que não precisa reforços.

"Esta equipe pode ficar entre os quatro primeiros colocados, pois tem um elenco muito competitivo, e espero que, junto com meus colaboradores, italianos e argentinos, saibamos rapidamente dar a motivação adequada aos jogadores", disse Passarella.

O novo técnico, que chegou nsta amanhã à Itália e assinou contrato até 30 de junho 2003, revelou que falou pela primera vez com a família Tanzi (proprietária do Parma) na quinta-feira passada, mas só na sexta-feira, depois de viajar pela primera vez a Parma, manteve uma reunião pessoalmente.

"Passarella, que esteve seis anos como jogador na Itália (Fiorentina 1982-86, Inter de Milão 1986-88), afirmou "conhecer bem o futebol italiano".

"Conheço bem este mundo e sei que é um futebol muito difícil de jogar e de treinar. Se joga muito mais pelo meio que na Espanha, onde se preferem as laterais. Tinha convites da Espanha, da França e da Argentina, mas é no futebol italiano que desejava treinar, pois na Itália se joga o futebol mais difícil, tanto como jogador como como treinador", acrescentou.

O técnico disse haver "mudado" desde que esteve na Itália como jogador: "É a vida a que me mudou. Desde quando deixei este país não tive uma vida fácil e se antes falava após haver contado até três, agora o faço depois de contar até cem. Não sou o impetuoso de antes".

Passarella, deste modo, disse querer "fechar" o já famoso assunto do "cabelo longo" quando era treinador da selação argentina: "A história do cabelo longo de Batistuta foi inflada e fizeram muito barulho. Era só uma questão de imagem e, por isso, falei com Batistuta aconselhando-o. Mas, depois, cada jogador é livre para fazer o que queira".

Sobre o japonês Hidetoshi Nakata, a contratação mais cara feita pelo Parma nesta campanha e que não tem tido boas atuações, Passarella afirmou: "Conheço-o desde 1998, quando a Argentina jogou contra o Japão, e é um bom meio de campo que sabe fazer grandes coisas".

Stefano Tanzi, presidente do Parma, deu publicamente as boas vindas a Passarella "por haver aceito o desafio com grande entusiasmo".

EFE