Rio - Literalmente, o Vasco virou caso de Justiça. Nesta quinta, Odvan entrou com ação no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio, pleiteando passe livre. Motivo: quatro meses de salários atrasados e FGTS.
“Estou com a carteira de trabalho de Odvan e o Vasco jamais a assinou. Pior: desde julho de 1997, quando o jogador foi para o clube, que o FGTS não é recolhido”, revelou a advogada do zagueiro, Gislaine Nunes.
Segundo a advogada, a lei é clara. Está no artigo 31 da Lei 9.615/98: ‘o clube que estiver com pagamento de salário em atraso, no todo ou em parte, por período igual ou superior a três meses, terá o contrato de trabalho do atleta rescindido’.
É o caso de Odvan. Aliás, de quase todos os jogadores do clube. As exceções são os ex-juniores, que estão com dois meses de salários atrasados. O que culminou o jogador a recorrer à Justiça Trabalhista foi o seu afastamento do grupo vascaíno e o fato de até ter sido proibido de entrar em São Januário, como aconteceu na quarta-feira.
“O problema no Vasco é que ninguém pode dizer o que pensa. Estou com raiva da situação, porque ajudei o clube nas suas maiores conquistas, tendo até chegado a marca de 250 jogos, e agora sou sacado desta forma. Eles vão ter que me pagar tudo o que me devem”, desabafou.
Odvan garantiu que a crise é maior do que se possa imaginar. “Ajudei muito jogador lá, com minhas economias. Tinha gente até sem o que comer em casa”, afirmou o zagueiro.