Rio - O técnico Marco Aurélio Motta acredita que a Seleção feminina de vôlei está pronta para a disputa da Copa dos Campeões, no Japão. Confiante, ele só não arrisca dizer que o Brasil é o favorito porque sabe que o torneio será de alto nível. Dos seis primeiros colocados no último Grand Prix, apenas Cuba não participa.
“Vai depender do momento de cada equipe. E o nosso é o melhor possível. Estamos treinando muito bem, a equipe está mais equilibrada. Esta é a competição mais importante para o nosso time este ano. A expectativa é a melhor possível.”
Segundo o treinador, a Seleção conta com nove ou dez jogadoras podem entrar em quadra sem comprometer o ritmo de jogo. “A Erika está se firmando como oposta, ela gosta de jogar ali, o que ajuda o time, porque libera a Virna e a Raquel para o ataque do fundo.”
No esquema montado por Marco Aurélio, Erika passa a ser a principal passadora do time, depois da líbero. A mudança acabou favorecendo também outra jogadora: a atacante Raquel. “Ela nunca teve muito espaço e agora está se revelando.”
Na opinião do técnico, o surgimento de novas jogadoras de seleção foi o que de melhor aconteceu este ano. “Ficamos sem a base da equipe. A Leila foi para a praia, a Virna, a Fofão e a Janina se contundiram. Mas entraram outras atletas, que agora estão começando a se firmar. Ano que vem, no Mundial, teremos um grupo muito forte e vamos jogar como favoritos. Estamos passando pelo mesmo processo que a Seleção masculina viveu nos último quatro anos.”
A instabilidade no início do trabalho é encarada de forma natural. “Nossa participação no Grand Prix não foi tão ruim assim. Vencemos a Rússia, o que não acontecia há três anos, perdemos um jogo inexplicável para Cuba e ganhamos outro. Com tantos problemas, conseguimos uma campanha razoável.”